domingo, 4 de março de 2012

A força do lóbi

   Ontem, assistimos a mais um jogo de futebol entre duas equipas que, por sistema, obrigam a várias regras de segurança e sobretudo a um número considerável de efectivos da Polícia. Nenhum profissional se recusa, nem pode fazê-lo, a desempenhar a sua missão na segurança dos adeptos para que o evento se desenrole em total segurança.

   No entanto, continuamos a não perceber o facto de ser o Estado, num momento particularmente difícil para o País, a assumir a grande maioria dos custos com a segurança, reduzindo as despesas dos principais interessados, os clubes. Como continuamos a não perceber que só uma minoria dos Polícias seja ressarcida pelo clube pelo seu trabalho em dia de descanso e em valores que põem em causa a dignidade dos profissionais.

   Incompreensível também é o facto de o MAI ter enviado aos sindicatos um projecto para alteração do regulamento dos serviços remunerados e, passados quase três meses, ainda não exista qualquer decisão. Será que também este Governo padece do mal dos anteriores, sujeitando-se ao lóbi do futebol?

Paulo Rodrigues, Presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia

clip_image003Crónica semanal no Jornal Correio da Manhã

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