sábado, 21 de abril de 2012

Mudar mesmo

   A manifestação de polícias protagonizada pela ASPP/PSP e que ficou conhecida pelos "secos e molhados" faz hoje 23 anos.

Uma acção que foi fruto de uma política errada e regressiva em relação às expectativas e às vivências da sociedade da época, que ainda transpirava da luta pela liberdade conquistada em Abril, 15 anos antes. Ser agente de PSP significava ser um cidadão sem direitos, sem liberdades e de algum modo sem dignidade.

O País tinha uma polícia ao sabor de certas vontades, uma PSP que dava jeito ser pouco formada ou informada, uma instituição que existia para que dela se servissem e não para servir. Uma PSP a duas velocidades, uma onde os actores eram os oficiais da PSP e a outra, os outros todos.

Olhamos para a PSP de hoje e continuamos a assistir à discricionariedade em prejuízo no tratamento dos problemas dos polícias por parte dos Governos, internamente continuamos a construir edifícios para a PSP com refeitórios separados por categoria, como é exemplo o futuro COMETLIS. Mudanças? Existem, mas a mentalidade e os tiques, esses, parecem permanecer.

Paulo Rodrigues, Presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia

clip_image003Crónica semanal no Jornal Correio da Manhã

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