Hoje, os polícias, juntamente com os funcionários públicos, demonstram o desagrado pelas decisões políticas anunciadas pelo Governo para 2012.
Na verdade, os profissionais da PSP têm hoje muitas razões para demonstrar o seu descontentamento. Nos últimos anos, os polícias perderam direitos fundamentais para a sua qualidade de vida pessoal e profissional.
Estes direitos pretendiam compensar a exigência da missão, o desgaste físico e psíquico da profissão e os fracos vencimentos. Como se não bastasse, os polícias sabem que aquilo que provavelmente os espera é um maior empobrecimento , que levará a uma degradação das suas condições de vida.
O que os polícias pretendem do Governo é simplesmente que defina uma política de segurança séria e consistente, que tenha em conta os polícias como cidadãos de pleno direito, as suas condições de trabalho, a sua estabilidade profissional e um tratamento justo. Em suma, o que se espera é que seja esclarecido qual o caminho destinado à PSP e aos profissionais para que possam ter esperança e confiança no futuro.
Paulo Rodrigues, Presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia
Crónica semanal no Jornal Correio da Manhã