Ontem, no parlamento, o Primeiro-ministro abordou a necessidade de rever o Estatuto Profissional da PSP. Esta afirmação vem, e bem, ao encontro das declarações do Director Nacional da PSP. Não é de estranhar, tendo em conta a instabilidade que este estatuto
A colocação de todo o efetivo nas posições remuneratórias, tendo em conta o tempo de experiência, e a criação de mais postos nas categorias de Agentes ou Chefes são essenciais e sobretudo justas numa Instituição organizada hierarquicamente. Mas, nesta matéria, espero que o Governo encontre um caminho de diálogo construtivo nas alterações a um Estatuto que se reflete na vida dos polícias mas também na vida e dinâmica da Instituição. Os polícias querem que estas medidas ponham fim a uma série de injustiças, às quais a ASPP/PSP já deu resposta utilizando, por um lado, a via judicial, por outro as diversas iniciativas que tiveram por objectivo sensibilizar o Governo e que, pelos vistos, trouxeram resultados. Esperamos agora que estas alterações sirvam para resolver os problemas atuais, não para agravar ainda mais a situação.
Paulo Rodrigues, Presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia
Crónica semanal no Jornal Correio da Manhã