Nos últimos anos, fruto das políticas restritivas, os polícias têm sido sujeitos a uma redução do vencimento e da qualidade de vida. Os cortes nos subsídios são uma machadada na vida e na dignidade dos profissionais da PSP.
A participação dos polícias, ontem, na manifestação organizada pelos sindicatos da Função Pública revela bem a consciência dos polícias e a sua revolta com o não reconhecimento por parte do poder político da missão específica e extremamente exigente dos polícias. Não é de estranhar, já que a nível interno da PSP, o Governo tem também criado situações de discriminação.
A forma como a PSP disponibiliza os serviços de assistência na doença aos polícias que se encontram nos Açores é vergonhosa. Ninguém compreende que por condicionalismos do Governo e de ordem administrativa um polícia nos Açores seja obrigado a deslocar-se ao continente para obter uma consulta no âmbito da prestação de serviços na saúde da PSP. Além dos constrangimentos vários, os gastos com as deslocações são relevantes. Numa altura em que o Governo apela à poupança, por outro lado esbanja.
Paulo Rodrigues, Presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia
Crónica semanal no Jornal Correio da Manhã