A Associação Sindical
dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) pediu esta terça-feira ao ministro da
Administração Interna para que clarifique se os serviços remunerados prestados
pelas forças de segurança vão ser alterados, sustentando que os valores de
mantêm desde 2008.
O presidente da ASPP, Paulo Rodrigues, disse à agência
Lusa que o sindicato enviou um ofício ao ministro, pedindo para
"clarificar" toda a situação e se vai ou não alterar o regime de
prestação e pagamento dos serviços especiais remunerados, os chamados gratificados.
"É intolerável que
continue a ser protelado", afirmou, adiantando que havia a garantia de que
o novo regime entraria em vigor em Janeiro e os sindicatos foram auscultados
sobre as alterações.
Paulo Rodrigues
sublinhou que é necessário uma alteração aos serviços remunerados, uma vez que
os preços praticados não são actualizados desde 2008.
O sindicalista
acrescentou ainda que actualmente fica mais barato contratar um agente da PSP
para fazer gratificados do que um elemento da segurança privada.
O projecto do Governo,
que foi enviado aos sindicatos em Janeiro, actualiza os valores dos serviços
remunerados solicitados por entidades públicas e privadas à GNR e PSP.
Segundo o projecto, os
polícias passariam a receber 39 euros por quatro horas de gratificados, mais 10
euros do que actualmente.
Porém, a realização de
remunerados em eventos desportivos deverá ter "uma redução especial"
de 15 por cento, propõe o projecto do Governo, que ainda não entrou em vigor.