sábado, 26 de março de 2011

E agora?

   O Governo apresentou esta semana a demissão, mas se esta decisão teve impacto para o País e na vida dos Portugueses, já no que diz respeito aos polícias esta decisão pouco representa. O que os polícias querem saber é se o Governo vai sair cumprindo a Lei que aprovou, nomeadamente com o Estatuto Profissional, ou quer sair ignorando toda a situação criada, deixando a PSP num problema de difícil resolução.

   Deixa, sobretudo, uma factura pesada para os cidadãos no que diz respeito à qualidade da segurança pública que será prestada. Olhando para a actual conjuntura do País, em termos económicos, financeiros e sociais, a PSP precisa de estabilidade interna, essencial ao seu funcionamento, e de um orçamento que responda às necessidades básicas para poder garantir a sua resposta.

   Resta-nos esperar que o futuro Director Nacional descreva ao Governo, com realismo, o estado actual da PSP e exija, de forma peremptória, o cumprimento, para todo o efectivo, do Estatuto Profissional, exija que sejam garantidas condições orçamentais para assumir as despesas para com os polícias e para as despesas correntes da Instituição. A actual situação da PSP é caótica e decerto que não será suportável por muito mais tempo. Mas o seu resultado dependerá da responsabilidade do Governo.

Paulo Rodrigues, Presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia

clip_image002 Crónica semanal no Jornal Correio da Manhã

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