Tenho estado atento às posições e propostas para o País, sobre as diversas áreas, por parte dos partidos políticos.
No entanto, percebe-se que no que toca às forças e serviços de segurança, alguns pouco adiantam. Entendemos, pelas razões conhecidas, que pode não ser o momento para fazer grandes reformas nas instituições que prestam segurança pública, mas não é argumento suficiente para desvalorizar a actual situação da segurança interna.
Não será com certeza argumento para continuar a aceitar o que se passa actualmente na PSP. O incumprimento da Lei por parte do Governo ou a imposição de directivas internas, como acontece com o actual modelo de horários na PSP, juntando-o à falta de perspectivas dos profissionais, são razões para os partidos não ficarem indiferentes.
Mas existem outras questões que gostaria de colocar aos partidos. Consideram adequada a intervenção dos militares nesta área? O que pretendem das Polícias Municipais? Todos os grupos parlamentares, à excepção do PS, estiveram, em 2010, contra a aplicação da Lei 12-A à PSP. Os partidos políticos têm alternativas? Espero que os políticos deste País não estejam à espera das catástrofes para apresentarem soluções, mas façam o trabalho preventivo, que já mostrou ser mais eficaz e menos dispendioso.
Paulo Rodrigues, Presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia
Crónica semanal no Jornal Correio da Manhã