Os polícias, nos últimos dias, fruto de algumas informações, temeram pelo seu salário.
A reunião que mantivemos com o Diretor Nacional da PSP foi importante para percebermos que, apesar das dificuldades orçamentais, garante-se no mínimo o pagamento dos vencimentos e dos devidos suplementos. Apesar de tudo, o cenário não é positivo, já que as dívidas que o Governo tem com os polícias, fruto da entrada em vigor do novo Estatuto Profissional, em 2010, vão continuar a não ser liquidadas. E esta não é uma questão de decisão política mas advém da própria imposição legal.
Depois dos últimos acontecimentos políticos, existe uma tendência para apontar cortes em tudo e em todos. Não podemos esquecer que, independentemente da decisão, seja ela dos partidos políticos, Governo ou FMI, cortar nos orçamentos em pilares basilares do funcionamento da sociedade, em que se inclui a segurança pública, será dramático para o País e uma irresponsabilidade para com os cidadãos. Cortar mais no orçamento da PSP é pôr em causa a segurança pública do País e das pessoas. Uma decisão que, independentemente de quem a toma, quem a vai pagar serão sempre os cidadãos, com as consequências que daí advirão para o futuro.
Paulo Rodrigues, Presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia
Crónica semanal no Jornal Correio da Manhã