O Ministério das Finanças não confirma o não pagamento do IRS da polícia por parte do Ministério da Administração Interna (MAI) mas esclarece que "eventuais dificuldades para pagamento de outras despesas estão relacionadas com promoções que não tiveram a regular autorização do Senhor Ministro de Estado e das Finanças". Aquele ministério diz, ainda, que o MAI tem dinheiro para pagar os salários.
Em esclarecimento enviado por email, à TVNET, o gabinete de imprensa esclarece "que devido ao sigilo fiscal a Administração Fiscal não se pronuncia sobre contribuintes em concreto, sejam eles privados ou públicos".
No entanto, explica que, do ponto de vista orçamental, "o Orçamento do MAI tem dotação para pagamento regular de salários" e que "eventuais dificuldades para pagamento de outras despesas estão relacionadas com promoções que não tiveram a regular autorização do Senhor MEF".
Aquele ministério esclarece, ainda, que esta "situação está a ser alvo de actuação do Inspector-geral das Finanças".
Recorde-se que o Diário Económico adianta que, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, a PSP e a GNR, bem como a Autoridade Nacional de Proteção Civil e a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária não estão a entregar ao Estado os valores de IRS, Caixa Geral de Aposentações e Segurança Social, devido à falta de verbas do Ministério da Administração Interna.
Também a Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP) já reagiu e alertou que "não aceitará quaisquer cortes nos suplementos dos Profissionais da PSP, uma vez que é através deste mecanismo que assenta uma parte substancial dos baixos salários praticados na Instituição".
Aquela força sindical alerta, ainda, que "já em novembro do ano passado a ASPP/PSP alertava para um défice de pelo menos 86 milhões de euros no orçamento da PSP, que levaria à situação que agora estamos a viver, precipitada pelo agravamento da crise financeira".