sábado, 9 de abril de 2011

Segurança em crise

    Os sindicatos e associações das diversas polícias solicitaram reuniões aos partidos no seguimento de um encontro onde se debateu o presente e futuro dos polícias e das instituições na actual conjuntura.

   O desinvestimento nas forças e serviços de segurança teve impacto na vida das instituições a um nível para lá do admissível. Continuar a cortar na despesa na área da segurança interna já não pode ser considerado de política de boa gestão, mas sim de irresponsabilidade. A crise não pode servir para tudo, muito menos para desmoronar um pilar cada vez mais importante no funcionamento da sociedade, como a segurança pública. Tratar as instituições policiais como centros comerciais, adoptando a auto-sustentabilidade, onde o cidadão paga através dos impostos, por obrigação e ainda processos burocráticos com valores exagerados, por necessidades orçamentais, ferem os princípios da missão pública. É neste contexto que se impõe uma estratégia consistente para o futuro do sistema de segurança interna. A política de segurança, tanto o investimento como o modelo, tem obrigatoriamente de ser delineada a longo prazo e deve incidir sobre as necessidades dos cidadãos e não sobre as carências orçamentais das corporações.

Paulo Rodrigues, Presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia

clip_image002 Crónica semanal no Jornal Correio da Manhã

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