A DN/PSP lembrou-se de alterar os horários de trabalho. Não podemos esquecer que esta é uma matéria sensível e que interfere, direta e indiretamente, com a vida privada de cada profissional. Sabe-se que a missão da polícia é exigente, de risco e de desgaste rápido.
Apesar disto, os polícias não querem trabalhar menos do que aquilo a que estão obrigados, mas também não podem admitir trabalhar mais do que qualquer outro funcionário público. Sabemos que a legislação recente prevê que um polícia trabalhe uma hora semanal a mais do que qualquer outro funcionário público. No entanto, apesar de considerarmos injusto e de não percebermos o motivo de o MAI, com a concordância da DN/PSP, ter criado esta discriminação, causa-nos ainda mais estranheza que as duas entidades não tenham em conta que os polícias são os únicos cidadãos que trabalham aos feriados sem qualquer compensação, nem monetária nem em tempo. É nesse sentido que a ASPP/PSP espera que a petição que pretende instituir a compensação por trabalho em dia feriado, admitida já pela AR, seja agendada com a maior brevidade. Até lá a ASPP/PSP defenderá qualquer proposta de horário que surja por iniciativa dos profissionais de cada local de trabalho.
Paulo Rodrigues, Presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia
Crónica semanal no Jornal Correio da Manhã