domingo, 28 de abril de 2013

O direito à verdade


O relatório do Comité Europeu para a Prevenção da Tortura, que foi público, frisa que existem casos de maus tratos por parte da PSP, GNR e PJ no decorrer da sua missão.

Como é evidente, não somos hipócritas e assumimos que não somos perfeitos. Mas é de realçar que os erros são muito pontuais e aos seus autores tem-lhes sido imputada a responsabilidade. Até porque, no que concerne a respeitar direitos, a PSP tem feito ao longo dos anos um caminho com provas dadas, bem fiscalizadas pelas entidades competentes, e que terá de ser, obviamente, continuado.
O mesmo já não pode dizer-se no que toca ao respeito pelos direitos dos polícias, que infelizmente são atropelados com frequência, a começar pelo Governo. Não podemos esquecer que vivemos num contexto difícil no que respeita à criminalidade, mais grave e violenta, e são os polícias que sofrem as consequências da violência, em que muitas vezes para salvaguardar a sua integridade ou de uma vítima são obrigados a usar da força. Algo que o relatório deveria referir nas conclusões.
Por:Paulo Rodrigues, Presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Comemorações 25 abril


A ASPP/PSP (Porto) marcará presença nas comemorações do 25 de abril (dia da Liberdade), na cidade do Porto.

Junta-te a nós: Largo Soares dos Reis (Porto) 14H00:

Pela Democracia;
Pela Liberdade;
Pelos nossos Direitos;

PARA NOSSA DEFESA 



Secos e molhados


Comemoramos amanhã a passagem dos 24 anos do "Secos e Molhados", episódio que, a 21 de abril de 1989, colocou os polícias em confronto. Passados 24 anos, os profissionais da PSP continuam a ter muitas razões para se sentirem discriminados, desrespeitados e ignorados.

A idade de reforma aumentou sem terem em conta os prejuízos que esta medida trará ao funcionamento da polícia; o SAD/ /PSP passou a ser pago pelos profissionais, sem por isso terem sido consideradas alternativas; o Estatuto da PSP não tem sido cumprido e sucedem-se os cortes nos vencimentos. Claramente, nos últimos anos, os polícias, em termos de direitos, têm registado um retrocesso.
O 21 de abril está na memória de todos os polícias, fazendo renascer estados de espírito que só vimos há mais de duas décadas, e a ASPP/PSP não deixará de desenvolver ações, independentemente do grau de contundência, que façam justiça e que acabem com a discriminação a profissionais que todos os dias arriscam a vida. Esperemos que o poder político não cometa o erro duas vezes.
Por:Paulo Rodrigues, Presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia

segunda-feira, 1 de abril de 2013

A ironia dos estudos


Somos confrontados, frequentemente, com estudos sobre matérias que visam atingir objetivos ou reforçar argumentos pouco consistentes. Um exemplo é o estudo que uma consultora fez, a pedido do Governo, sobre os vencimentos do setor público e privado.

Sabemos bem os montantes dos vencimentos dos polícias e os governantes têm informação atualizada, até porque esta matéria tem sido alvo de debate. Num passado recente, políticos que fazem hoje parte dos partidos do Governo insurgiram-se contra a vergonha dos baixos salários de quem tem uma profissão de grande responsabilidade. E se olharmos às comparações com o privado, os polícias ficam aquém de uma aproximação dos salários praticados no setor, apesar de não conhecer nenhuma empresa privada com uma missão comparável à da Polícia, nomeadamente na responsabilidade, risco, desgaste rápido ou turnos. Percebemos que o Governo pretendia, com este estudo, legitimar mais cortes nos vencimentos dos polícias. Ainda sabemos distinguir a mentira da verdade.
Por: Paulo Rodrigues (Presidente da ASPP/PSP)

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