MENSAGEM DE NATAL AOS PROFISSIONAIS DA POLÍCIA DE SEGURANÇA PÚBLICA
Estamos numa época que nos faz salientar os melhores sentimentos, não só em relação à família, mas também em relação a todos aqueles que, directa ou indirectamente, fazem parte dos nossos momentos do dia-a-dia.
Caros colegas
Mais um Natal, mais um ano que chegou ao fim. Esta é, sem dúvida, uma época que faz salientar os nossos melhores sentimentos, não só em relação à família, como também em relação a todos aqueles que, directa ou indirectamente, fazem parte dos nossos momentos do dia-a-dia.
É um período em que a maioria dos Portugueses aproveitam para estar junto das suas famílias dos seus ente queridos ou de promoverem uma viagem à sua terra Natal. Digo a maioria dos Portugueses, pois os Profissionais da PSP vão estar ao contrário a desempenharem a sua missão em prol da segurança pública. Não temos que nos queixar…esta é a nossa missão… Mas, temos de nos queixar quando este esforço, esta diferença entre os outros sectores de actividade ou outras profissões, não é reconhecido por quem de direito, quando somos tratados como números, quando se pensa que os polícias tem de agir e sentir como ROBOTS, quando inclusive somos tratados como se não tivéssemos famílias, sentimentos ou mesmo dignidade.
Mas, também alguns daqueles que dentro da Instituição tem o poder ou a capacidade de facilitar ou minimizar este efeito, fazem precisamente o contrário.
Resta-nos o espírito e coragem de ultrapassar tudo isto com a velha tradição de nesta época juntarmo-nos com os nossos colegas e desenvolvendo algumas iniciativas.
Tratam-se de iniciativas que demonstram o espírito de união e coesão entre todos os Profissionais da Polícia de Segurança Pública, que contrasta com a tendência natural desta sociedade para o individualismo, para o distanciamento das relações pessoais, do debate, da partilha, com reflexos negativos na própria acção social, princípio basilar de uma sociedade justa e equilibrada.
Este sentimento de união deve, incontornavelmente, manter também a chama acesa para a dignificação desta Organização Sindical, na luta firme e persistente contra as políticas desadequadas e redutoras de direitos deste Governo que infelizmente tem, ao longo do tempo, ferido a própria dignidade de todo o efectivo da PSP, prejudicando-o na sua vida profissional e familiar. Mas este sentimento adquiriu uma importância invulgar também no contexto sindical, atribuindo grandiosidade à interacção entre todos, fortalecendo laços de amizade inquebráveis e de extrema importância na dinâmica organizacional e associativa deste sindicato.
O actual Governo tem prometido desde a sua tomada de posse grandes reformas, as mais variadas reestruturações, melhorias de condições de trabalho bem como benefícios socio-económicos. Mas, infelizmente, as únicas grandes reformas a que assistimos foram as alterações no serviço de assistência na doença, nas regras da pré-aposentação e aposentação, estas foram sem sombra de dúvidas as únicas reformas realmente aplicadas, impostas a todos nós, e incrustadas de uma arrogância desnecessária e desconhecedora da realidade da PSP.
As alterações no SAD/PSP, que passou a excluir os familiares deste serviço, foi um rude golpe na vertente social do efectivo da PSP, facto que nos levou depois de esgotadas as possibilidades ao nível Nacional, recorrer às instâncias internacionais, apresentando queixa no Conselho da Europa, à qual depois da resposta do MAI e posterior esclarecimento da ASPP/PSP aguardamos a conclusão do Conselho.
Cabe a todos nós unir esforços para, no ano que se aproxima, continuar a travar a luta firme, coerente e responsável que temos vindo a desencadear. Considerando desde já que a força da ASPP/PSP é o reflexo da força de cada um de nós, não podemos esmorecer ou enfraquecer, pois este sindicato precisa mais do que nunca da contribuição de todos nós.
Mas, porque o momento não é só acção sindical, desejo, em meu nome pessoal e da Direcção Nacional da ASPP/PSP, a todos os colegas, amigos e respectivos familiares, um Feliz Natal e Próspero Ano Novo.
Dezembro de 2007
O Presidente da Direcção Nacional da ASPP/PSP
Paulo Rodrigues