quarta-feira, 11 de junho de 2008

Esquadras – A nossa apreensão

É com apreensão que assistimos à constante degradação dos vários departamentos de Policia, que compõem as estruturas do Comando Metropolitano do Porto. No rol dos mais recentes acontecimentos encontram-se a Divisão de Investigação Criminal, na Rua dos Bragas, onde em Abril de 2006, o tecto de uma das secções caiu durante a madrugada. Já em Novembro, a 9ª Esquadra viu o tecto do hall de acesso à camarata ceder a que se seguiu em Janeiro de 2007 a 3ª E.I.C., que se encontra integrada na 6ª esquadra e que recebeu “arranjos” por altura do Euro 2004, depois de ceder uma parte do estuque que compõe o tecto. Infelizmente os maus momentos não ficaram por aqui. Alguns dias depois o tecto do acesso à parte administrativa da 15ª esquadra cedeu por completo - recorde-se que muito recentemente este departamento tinha sofrido arranjos no hall de atendimento ao público. E por último, foi a vez do tecto do W.C., situado no 2º piso, na área das camaratas da 12ª esquadra, que sentiu as agruras da sua degradação. Felizmente que, em qualquer das situações descritas, não houve danos físicos de gravidade para os colegas que ali trabalham. Contudo, expressa-se aqui o nosso lamento e solidariedade para com aqueles que saíram, com alguma felicidade, apenas com ferimentos ligeiros, o que não deixa de ser também alvo da nossa preocupação. As situações vão-se sucedendo e os responsáveis continuam a adiar a implementação de medidas de fundo, ficando-se pelo remediar dos estragos e pouco mais. Veio a reestruturação, e com ela a propagandeada remodelação e reconstrução de departamentos. Ora, a direcção distrital do Porto da ASPP/PSP, faz um apelo aos responsáveis para que não se limitem a efectuar tão só as intervenções nas áreas visíveis ao público, mas que as tornem extensíveis ao seu interior, por muito que isso custe. Recordemos que estas ocorrências, deram-se na sua totalidade em áreas interiores, perigando o profissional que por ali labuta.
Nós sabemos bem o perigo que é patente no exterior, não queremos colocar sobre os seus ombros outra preocupação, agora vinda do interior.
Apela-se, por isso, para situações como as que se constatam na secção dos Achados, em que as placas do tecto se encontram em situação precária, e para os perigos resultantes das péssimas condições de segurança vividas nos vários departamentos. Esperemos que, como Santa Bárbara, não sejamos obrigados a remeter a atenção dos responsáveis que só depois das más consequências de uma situação previsível, venham meter trancas à porta.

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