sexta-feira, 11 de março de 2011

O limite da paciência

   Os polícias têm sentido nos últimos meses os piores atropelos aos seus direitos e à Lei que lhes está aplicada. Um clima de insatisfação que reina internamente e que o Governo não deve desvalorizar. Um sentimento de revolta que compromete tudo, até o bom senso, a razoabilidade e mesmo a responsabilidade de cada um.

  Como podem os polícias confiar num MAI que não cumpre a Lei, à semelhança daqueles que são perseguidos pela própria Polícia? Como podem os polícias aceitar que lhes cortem constantemente no seu salário e não lhes paguem o que lhes é devido, quando continuam a manter--se algumas mordomias e privilégios, na Instituição, para uma minoria restrita? O ambiente que se vive internamente é preocupante e deveria preocupar as entidades competentes. Ou as políticas alteram ou vamos ver os polícias numa contestação sem fim, um caminho que, além de não beneficiar ninguém, será o resultado de decisões inadequadas e revestidas de uma irresponsabilidade inaceitável. A ASPP/PSP marcou para dia 15 de Março uma concentração nacional de polícias, em Lisboa. Mas a contestação não ficará por aqui, disso podem os autores destas incongruências estar certos. É que até aos polícias se esgota a paciência...

Paulo Rodrigues, Presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia

clip_image002 Crónica semanal no Jornal Correio da Manhã

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