A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) considerou hoje que a reorganização das áreas de responsabilidade da PSP «não foi acompanhada» com um reforço de efectivos e de meios materiais.
A reorganização territorial da GNR e PSP fica concluída em todo o país às 24:00 de hoje, com o fim do processo de transferência do policiamento em 37 freguesias dos distritos de Lisboa, Porto e Setúbal.
Em comunicado, a ASPP/PSP alertou para os «novos problemas» que vão surgir para os profissionais da polícia com a reorganização das áreas de responsabilidade da PSP.
«Ao aumento acentuado da área de intervenção da PSP, não corresponde o tão anunciado aumento do efectivo, situação que tende a piorar, uma vez que o próximo curso para ingresso de agentes está previsto apenas para 2010», sublinhou a estrutura sindical mais representativa na PSP.
A ASPP/PSP adiantou que o aumento da área de responsabilidade da PSP «não foi devidamente acompanhado por um reforço dos meios materiais, como viaturas e outros equipamentos».
A ASPP/PSP considerou igualmente que a reorganização «não serve o interesse das populações envolvidas, podendo mesmo colocar em causa a imagem da PSP, cuja capacidade de resposta poderá estar em causa», tendo em conta que o «aumento da criminalidade organizada e violenta é notório».
A associação sindical criticou também as condições em que se encontram muitas esquadras da PSP.
Segundo a ASPP/PSP, há esquadras a funcionar em roullotes ou contentores, como o que está a acontecer em Corroios e Leça de Palmeira.
Para aquela estrutura sindical, a realidade que se vive no terreno «continua a ser bem diferente daquela que o Governo quer fazer crer às populações, proporcionando-lhes um falso sentimento de presença policial e de proximidade».
No âmbito da reorganização territorial das forças de segurança, 16 freguesias do distrito de Lisboa, que até agora eram patrulhadas pela GNR, passam a ter instalações da PSP.
Em Setúbal, passam a ser policiadas pela PSP seis freguesias e no distrito do Porto passam da GNR para a polícia 11 localidades.
Diário Digital / Lusa
31-01-2008
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