sábado, 23 de janeiro de 2010

Orçamento inseguro

PR2   A segurança pública está cada vez mais depositada nas mãos dos economistas do Governo.
   Anualmente, acompanhamos os grandes debates sobre o Orçamento do Estado e constatamos que, com o aumento das despesas na PSP, a verba que lhe tem sido destinada não cobre sequer os compromissos orçamentados.
No 2º semestre de 2009, a PSP não pagou os passes à Carris, que por isso não os atribuiu aos Polícias; as diligências realizadas na época balnear por subunidades da UEP ainda não foram saldadas; a Esquadra de Vila Franca de Xira ficou sem viaturas e teve de recorrer a Divisões vizinhas; a SKODA, responsável pela manutenção dos carros-patrulha adquiridos pela PSP, não os entrega após as revisões, porque a PSP não paga. Há viaturas imobilizadas por falta de pequenas reparações, como acontece na Esquadra Aeroportuária de Lisboa. Esta situação começa a ser insustentável. Para além de pôr em risco a actuação e funcionamento de uma instituição como a PSP, afecta negativamente a sua credibilidade junto dos cidadãos.
A segurança pública está cada vez mais nas mãos dos economistas do Governo, que adoptaram uma estratégia política com base na redução da despesa, sem olhar às consequências gravíssimas que daí advêm para Polícias e cidadãos.
Paulo Rodrigues, Presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia

CM Crónica semanal no Jornal Correio da Manhã

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