Este ano entrou em vigor o novo estatuto da PSP. Surpreendente é que, passados seis meses, as alterações verificadas ainda não estejam regulamentadas, no que respeita a carreiras, postos e posições remuneratórias.
A dificuldade da PSP em aplicar o diploma não é novidade, o que não se percebe é que esse embaraço não seja explicado aos polícias. Hoje, os profissionais desconhecem se continuam a evoluir horizontalmente em escalões ou posições remuneratórias, quando e como podem progredir, se existe ou não a categoria de Subchefes, se a utilização de divisas correspondentes ao posto e a sua denominação é legal, o porquê da demora na promoção e qual o modelo de atribuição do suplemento de fardamento.
No fundo, os polícias desconhecem quase tudo da sua situação profissional. Cremos que a DN/PSP está a fazer os esforços necessários para ultrapassar estas questões. Esperamos é que este longo período não sirva apenas para regulamentar as alterações que se traduzem em injustiças, como aconteceu com o modelo de processamento dos suplementos, e esqueça aquelas que, apesar de pontuais, traduzem alguma justiça e compensação aos polícias. Exigimos, simplesmente, ser esclarecidos.
Paulo Rodrigues, Presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia
Crónica semanal no Jornal Correio da Manhã