Cerca de trinta polícias estiveram ontem reunidos num plenário em Faro e seguiram depois, a pé, para o Governo Civil, onde apresentaram uma moção com as suas reivindicações.
A iniciativa da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) visava protestar contra a difícil implementação do novo diploma do estatuto profissional que, dizem, está a "criar uma instabilidade interna, que piora numa região como o Algarve, cujos fortes aumentos populacionais dificultam, por si só, o trabalho da polícia".
"O novo estatuto profissional, que foi aprovado contra a vontade dos profissionais da polícia, para além de não ter sido todo implementado em Janeiro, como estava previsto, o pouco que foi vai reduzir os direitos ou compensações dos polícias", explicou Paulo Rodrigues, da ASPP/PSP.
"Neste momento, temos profissionais com 20 ou mais anos de trabalho numa posição remuneratória igual ou inferior a outros com dez, que foram promovidos a agente principal",disse Paulo Rodrigues, defendendo que se trata de "uma injustiça que vai contra a lei e cria conflitos internos".
O diploma foi redigido pelo ministro da Administração Interna (MAI), "sem qualquer tipo de negociação ou diálogo", referiu ainda Paulo Rodrigues. Por isso, a ASPP/PSP quer a demissão de Rui Pereira por "falta de confiança".
"Queremos voltar ao diálogo para criar um diploma que seja do interesse dos profissionais da instituição, mas sem este MAI", explicam. A ASPP/PP vai continuar a percorrer o País com vários plenários e concentrações