Dentro de uma semana, Portugal vai acolher a cimeira da NATO, um evento que irá refletir a imagem do País no resto do Mundo. Os polícias, como tem sido hábito, com ou sem meios, respeitados ou não pelo Governo, farão todos os possíveis e impossíveis para que este evento possa, à semelhança do que aconteceu com o Euro’2004, contribuir para a imagem positiva do País.
Pena é, como também aconteceu em 2004, que o Governo não reconheça esse esforço ou exigência e penalize constantemente os polícias, no que diz respeito aos seus direitos.
No sentido de contestar todas estas políticas erradas no plano da segurança interna, os profissionais das diversas forças e serviços de segurança decidiram apelar para que entre o dia 19 e 24 os polícias tenham junto dos cidadãos uma postura unicamente pedagógica e essencialmente preventiva, anunciando a solidariedade com a Greve Geral e subscrevendo as razões da sua marcação. Claro está que, estando os polícias solidários com este protesto, não quer dizer que não cumpram devidamente a sua missão, mas também não deve a Polícia ser um instrumento político e condicionar que outros cidadãos possam, democraticamente e respeitando a lei, defender os seus direitos, seja no exercício da greve ou mesmo dos piquetes de greve.
Paulo Rodrigues, Presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia