sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Comunicado-D. Distrital ASPP/PSP Porto

Caros colegas,
Como sabem, há o anúncio recente do reposicionamento de cerca 2300 profissionais na nova tabela remuneratória.
Esta decisão do Governo no que diz respeito à concretização dos arrastamentos do pessoal que foi ultrapassado pelos mais novos, em todos os postos e categorias, resolve parte de um problema, ou seja, vai ao encontro da resolução de uma ilegalidade já denunciada pela ASPP/PSP e que deu origem à marcação de várias iniciativas (sindicais e judiciais).
Sobre deste anúncio, informa-mos que, esta medida, vem resolver o problema dos profissionais que foram ultrapassados, ou seja, mantendo ainda outros profissionais numa ilegalidade (aqueles que se encontram há mais de três anos no actual escalão) e que deveriam também transitar para o seguinte(actual) índice remuneratório. A ASPP/PSP dará, como tem feito, a devida atenção para a resolução também deste problema, tentando contrariar a posição do governo nesta questão.

Importa salientar que, este anúncio de resolução de "parte do problema" advém das variadíssimas lutas encetadas (semana da indignação realizada pela CCP / queixa em tribunal, pressão, etc), não advém de boa vontade governamental ou de acções desconexas praticadas por alguns. Não se pretende aqui qualquer tipo de recolha de "louros", tenta-se apenas alertar que;

  • Primeiro, as vitórias (pequenas ou grandes/ parciais ou totais) advêm da luta, e a luta é sempre necessária de forma séria, concertada e com estratégia (como por exemplo; a ASPP/PSP defendeu a promoção dos profissionais em Setembro de 2010, sabendo que, caso os profissionais fossem promovidos, para além dessa promoção, iriam provocar uma situação de necessidade de "arrastamento" de todos os outros. Na altura, muitos, não compreendendo esta estratégia, criticaram a ASPP/PSP por apenas defender a promoção daqueles polícias, não atingindo que, o que agora se irá processar nos arrastamentos destes cerca de 2300 polícias, advém do quadro provocado, pelas promoções de Setembro de 2010...)
  • Segundo, os que agora "cantam vitória", haviam no entanto, decidido anteriormente não lutar... e não se associaram a muitas iniciativas, sim, os tais que constantemente, abordam a necessidade de união.
Para concluir, dizer que, não é com conversa que as coisas se resolvem, não é com comunicados e outros anúncios folclóricos que o futuro melhora, não é com mentiras e falta de credibilidade que o poder político nos respeita, é sim com estratégia, com acção sindical, com proposta, contributos e luta sempre que necessário. Garanto-vos que só com luta participada poderemos alcançar resultados. Acreditem que, esta pequena reposição da legalidade (embora que parcial), advém da nossa luta, da nossa acção, dos nossos apelos, da semana da indignação, do nosso encontro no Porto, na nossa ida a Lisboa, da nossa pressão. Não advém certamente de comunicados com (des)informação, com mentiras, não surgem de diligências em tribunais com penhoras a blindados (resultado?) penhoras a BPN (resultado?), pagamentos em certificados do tesouro (resultado?), medidas essas que inclusive, certamente não assustarão os dirigentes da PSP e o poder político. Permitam ainda dizer que, os cortes anunciados pelo governo (subsídio de natal e férias em 2012), impulsionaram em alguns elementos uma "emergente" vontade de contestação, com apelos para que a ASPP/PSP se mobilize. Sobre isto, dizer apenas que, a ASPP/PSP está atenta, segue o seu caminho de forma concertada, assente nos pressupostos de sempre, não deixando de parte aquilo que sempre fez, lutar pela defesa dos profissionais da PSP. Mas permitam ainda dizer que, esses que agora surgem com essa vontade, parece terem esquecido que a ASPP/PSP muito recentemente realizou variadíssimas acções de protesto... por vezes com participação do pessoal, não há altura das necessidades e dos apelos.
Mais que nunca, a luta continua, com verdade, seriedade e vontade.
O descontentamento é o primeiro passo na evolução de um homem ou de uma nação.

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