sábado, 22 de janeiro de 2011

Lutar pelo futuro

Paulo Rodrigues   Há uns anos, víamos os sindicatos reivindicarem, de forma justa, mais direitos para os profissionais dos sectores que representavam, e, nessa altura, era impensável que um dia os sindicatos viriam a exigir ao governo que cumprisse a lei.

   Como podemos acreditar no futuro de um País quando um governo aprova as leis contra a vontade dos cidadãos e é o próprio que, logo de seguida, as menospreza, conforme aconteceu com a não colocação do efectivo da PSP na nova tabela remuneratória?

   Como podem pedir aos polícias que fiscalizem o cumprimento das leis quando o próprio governo as desvaloriza? Que futuro terá um País quando a tutela destrói, pouco a pouco, os principais pilares da democracia, nomeadamente a segurança e a justiça? Como pode sobreviver uma instituição como a PSP quando os polícias são sujeitos, diariamente, à instabilidade interna constante na sua vida socioprofissional? É por tudo isto que a ASPP/PSP, com as armas que possui, continua a luta pelos profissionais mas também pela segurança dos cidadãos. Foi nesse sentido que agendou acções distritais por todo o País durante os meses de Fevereiro e Março, enquanto as questões estatutárias não forem resolvidas, dando conhecimento à população das ilegalidades e injustiças que este governo tem cometido contra os polícias.

Paulo Rodrigues, Presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia

clip_image002 Crónica semanal no Jornal Correio da Manhã

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